Por Dra. Roberta Castilho Schiavão
Em uma era em que a medicina avança na direção da precisão e da preservação funcional, a monitorização neurofisiológica intraoperatória (MNIO) emerge como uma ferramenta essencial — não apenas como um auxílio, mas como um verdadeiro guardião da integridade neurológica.
“Nós, médicos, devemos buscar os melhores tratamentos e os mais avançados recursos terapêuticos e preventivos que a medicina nos oferece. Trabalhamos em benefício do bem-estar dos nossos pacientes, e isso inclui indicar a monitorização neurofisiológica intraoperatória (MNIO) nos procedimentos cirúrgicos que demandem alto risco e complexidade, a fim de preservarmos a saúde e a integridade neurológica de nossos pacientes.”
Durante procedimentos neurocirúrgicos, ortopédicos ou vasculares de alta complexidade, cada milímetro conta. É nesse cenário que a MNIO atua como os “olhos e ouvidos” do cirurgião sobre o sistema nervoso. Ela nos permite detectar, em tempo real, qualquer ameaça à função neural antes que o dano seja permanente. Essa capacidade de intervenção imediata pode fazer a diferença entre a plena recuperação e a perda funcional irreversível.
“Entre o vasto grupo de cirurgias que se beneficiam da MNIO, as cirurgias de coluna aparecem no topo da lista, com diversas publicações comprovando sua eficiência e elevada precisão no diagnóstico preventivo de lesões no sistema nervoso, garantindo maior segurança ao cirurgião e ao paciente.”
Mais do que um recurso tecnológico, a MNIO representa um compromisso ético: o de proteger o que há de mais valioso no ser humano — sua funcionalidade, sua autonomia, sua vida. Essa tecnologia, aliada ao conhecimento e à experiência da equipe cirúrgica, permite uma abordagem mais humana, menos invasiva e mais segura, promovendo a medicina que todos almejamos: precisa, cuidadosa e comprometida com o futuro do paciente.
Cada potencial evocado, cada resposta muscular registrada, cada sinal elétrico monitorado é uma conversa silenciosa com o sistema nervoso, revelando o que ele não pode expressar com palavras, mas que pode ser ouvido por quem sabe escutá-lo com ciência e sensibilidade.
Com a monitorização neurofisiológica, não operamos no escuro. Operamos com inteligência, com segurança, com responsabilidade.
Porque preservar a função é salvar vidas.
Para saber mais e @dra.roberta_schiavao