Vendas online crescem dentro do setor e consumidor precisa buscar alternativas seguras para adquirir um bem que se tornou essencial para evitar aglomerações
O setor automotivo no Brasil ou por uma mudança drástica e muito rápida nos últimos meses. As adversidades causadas pela pandemia de Covid-19 no país obrigaram empresas deste segmento a se adaptarem rapidamente ao novo formato de venda proporcionado pelas plataformas digitais. Enquanto isso, a população se vê diante do cenário em que adquirir um novo veículo pode ser um grande auxílio nas medidas de proteção contra o novo coronavírus. Por outro lado, as vendas online de um bem tão valioso pode causar insegurança e deve ser feita com cautela.
Glenio Júnior, presidente da Associação dos Revendedores de Veículos de Minas Gerais (ASSOVEMG), explica que, nesse sentido, o primeiro o deve ser buscar uma revenda de veículos de confiança. “Um bom crivo é olhar se a revenda possui o selo de credenciamento da ASSOVEMG. Uma loja para ser credenciada junto ao órgão a por diversas avaliações de qualidade como tempo de abertura do CNPJ, pesquisas qualitativas de reclamações nos principais sites destinados a este fim, consulta junto aos órgãos de defesa do consumidor, entre outros”, diz.
O segundo o é exigir um Laudo Cautelar do veículo que está sendo adquirido. “O laudo cautelar é como se fosse uma carta de procedência do veículo. Neste documento consta se ele já teve agens por leilão ou não, confirma se o motor realmente é o original de fábrica, se o veículo já ou por algum sinistro, entre diversos outros itens. É uma garantia muito importante para a compra de um bem tão valioso. Outro ponto que muitos consumidores não sabem é sobre a garantia de 90 dias que as lojas dão em um veículo seminovo. Quando se compra um carro de uma pessoa física fica muito mais difícil e arriscado exigir este direito caso o carro apresente algum defeito após a compra”, acrescenta Glenio.
Essencial
O atual cenário da sociedade destaca ainda mais que um carro não é apenas um “luxo”, mas uma necessidade. “Pessoas que precisam continuar trabalhando para manter a fonte de renda pelos próximos anos ou se deslocar para resolver assuntos essenciais, se preocupam com as principais formas de contaminação do vírus: a aglomeração em ruas, transporte público ou veículos de aplicativos. Atualmente, eles se veem em um momento delicado entre o medo de perder a fonte de renda ou correr o risco de contaminar familiares e entes queridos. Por isso, o carro também se tornou uma importante barreira sanitária para garantir um nível maior de segurança”, afirma.
Setor de seminovos é aposta do setor
Com o corte de gastos necessário que boa parte da população tem enfrentado, adquirir um carro zero se tornou uma tarefa recheada de desafios. Enquanto isso, o setor de carros seminovos virou uma excelente alternativa. “Exatamente pelo momento que enfrentamos e as necessidades atuais da sociedade, o consumidor pode financiar um carro seminovo – em perfeitas condições de uso, com a menor taxa de juros de todos os tempos, além de melhores condições de financiamento. É necessário ficar atento apenas ao próprio orçamento e a segurança em realizar a compra em uma revenda de confiança”, destaca.
Elis Siqueira, consultor da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), destaca o quanto tem crescido as buscas de veículos via redes sociais. Ele afirma que o setor de revendas de veículos seminovos e usados percebeu o aumento de pelo menos 60% nas vendas. “E com esse aumento, as empresas correm para facilitar ainda mais a vida do consumidor. As plataformas digitais aproximam cada vez mais os clientes, então buscamos formas para que todas essas vantagens sejam aproveitadas da maneira mais abrangente possível”, garante.
Fonte: Glenio Júnior, formado em gestão de negócios e 31 anos de experiência no mercado de seminovos, fundador da Alamo Motors há 23 anos. Diretor do Conselho Deliberativo da Fenauto.